Onde os meus pés estiverem,
aí estará a minha raiz para me sustentar,
para me erquer e me lançar nas asas do vento,
da chuva e do sol.
Quando o meu chão se abala e estremece,
é a minha raiz sacundindo os galhos, os frutos e os talos...
que só a lucidez já me quis...
E quando o meu ódio é frio, e o meu amor é ardente,
são as asas da vida equilibrando os planos...
E quando a minha voz faz questão de dar o meu segredo,
e o meu coração revelar os meus desejos,
são os palcos da vida lecantando os panos...
Aonda a razão me levar, sob o chão estará a minha raiz,
para me fortalecer, me fortificar, romper, perdoar ou calar,
e se um dia o meu sol se esconder,
é que a noite também vive em mim,
e a lua virá para alterar as minhas marés.
e as estrelar guiarão os meus pés...
E quando o que em mim é sagrado se torna profano,
é que,
anunciada a vida,
há um querer mais cigano,
é que a luz dessa noite me quer com mais clareza,
e nas veias do mundo
eu sou sangue que alimenta, eu sou coragem!
As estradas da vida são uma eterna coragem,
e aí se revela a minha natureza...
Ana Cunha - Fontanelas - Verão 1991 in "O Vento e a Lua" de Rita Ferro
. A Estupidez e a Maldade H...
. ...
. O tempo
. ...
. ...
. Cada Dia é Sempre Diferen...
. Irmão
. O sonho
. Inútil
. Citação
. Feliz
. Férias
. Sofrida
. O lobo
. Pensamentos contraditório...