O “eu” que penso ser e o “eu” que realmente sou! Em outros termos, o sofrimento. Cerca de um terço do sofrimento que devo suportar é inteiramente inevitável por ser inerente à própria condição humana. Representa o preço que todos temos que pagar pelo fato de sermos dotados de sensibilidade; embora sedentos de liberação, nos sujeitamos às leis naturais que nos obrigam a continuar caminhando (sem poder retroceder) através de um mundo inteiramente indiferente ao nosso bem-estar. Caminhando em direcção à decrepitude e à certeza da morte. Os outros dois terços são “confeccionados em casa” e o universo os considera inteiramente supérfluos.
Aldous Huxley
